REF/JO.8:7
Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela”
É natural do ser humano se comparar com os outros e a forma como fazemos isso é sempre injusta.
Deixe-me explicar:
– Finalmente chegou a manhã tão esperada!
Jão (sim, Jão) acorda empolgado. Finalmente chegara o dia de iniciar em seu novo cargo na empresa. Com os lábios envergados de alegria, toma seu banho, põe a sua roupa, seu perfume e está pronto!
– Amor!! Você viu a chave do meu carro?
– Sim, vou precisar usar para ir no mercado. Você pode ir com o meu?
– Okey! Sem problemas.
Jão está no lucro, afinal o carro da esposa tem um motor maior: 1.4! Pegando as chaves da esposa, saindo da garagem segue para a esquerda, logo vira na primeira rua a direita, para então entrar na segunda a esquerda e dali, são 800m até a marginal na qual em bom ritmo é 30min até o momento tão esperado!
Porém! Assim que Jão entra na marginal e rapidamente se posiciona na faixa da esquerda, acaba se deparando com um carro a sua frente que estava indo extremamente devagar. Jão acelerava com o pisca ligado e buzinando para conseguir passagem mas o carro insistia em não sair da frente. Então Jão, já puto da vida, buzina e berra pela janela:
– Bora!! Não tenho o dia inteiro. Essa merda aí não anda?
Finalmente, vendo que estava atrapalhando o trânsito, o carro 1.0 abre caminho indo para a faixa da direita. Nesse momento, Jão indignado pisa fundo e aproveitando para mostrar o dedo do meio ao passar.
Então, já mais distante daquele carro, Jão tirando sua atenção do caminho por um breve momento para olhar o relógio em seu pulso, vê que está dentro do tempo e decide reduzir a velocidade para o limite da via, massssss acaba sendo pego de surpresa por uma BMW que vinha chutada atrás dele. Por pouco ele não leva uma batida no seu para-choque. Jão, após o susto, irritado com a velociade que o carro de trás havia se aproximado dele, fica muito puto e, de raiva, pisa fundo! Porémmmmm, a falta de motor fica evidente e se vê obrigado a sair da frente. Com o orgulho ferido vai pra faixa da direita e assim que a BMW passa, mostra o dedo do meio e grita:
– Tá com pressa passa por cima!
Não importa o ponto de vista, nos sentimos sempre certos quando nós somos o padrão.
Minhas verdades!
Sempre temos argumentos para defender quem somos e o que fazemos. A necessidade de parar para conhecer nossa própria realidade podre acaba sendo apagada pelo ego que cobre a mente com um véu, cegando nosso entendimento e abrindo espaço para todo fruto do pecado, naturalmente atraindo-se por tudo o que é contrário a Palavra. Agora, sabendo que essa é a natural inclinação do nosso coração, quão triste é ver a igreja se utilizando da Palavra como arma para o empoderamento pessoal,
Que terrível tem sido assistir e ouvir tanta mentira sendo contada. Palavras que não mais são acompanhadas por atos. Bocas tentam miseravelmente descrever o que desconhecem, vestidos com uma falsa humildade, os cristãos voltaram a julgar as coisas pela aparência. Criam as próprias medidas e medem conforme seus ideais. Se esforçam em tudo, mas não abrem mão da própria vida. Afundados nessa cegueira da alma, jogam os problemas para Deus, mas tomam a glória para si mesmos.
A igreja de forma alguma, em nenhuma perspectiva, tem revelado a imagem de Cristo, pois a mensagem da Cruz é a morte, mas a igreja tem lutado com toda garra e força para se manter viva, segura nas próprias certezas.
Precisa de prova? Veja como anda a sociedade. (Mt.7)
Precisa de uma prova maior? A igreja não se sente culpada e tem atirado muitas pedras.