REF/MT.13
Por essa razão eu lhes falo por parábolas: ‘Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem’
É estranho ler que Jesus, aquele cuja existência anunciamos, afirma que fala por meio de parábolas para que não entendam. Jesus veio para anunciar o evangelho e nos reconciliar com Deus (2.Co.5) e somos chamado a morrer por esse anúncio, ainda assim, Ele fala para que não entendam? Ouvir, mas não ver. Ver e não compreender. Esse é o resultado na vida daquele que possui o coração duro e dá ouvido a mentira que afirma o EU acima de todas as coisas e que nega o seu Criador.
A verdade pulverizada bota o poder da decisão sobre o que é certo e errado nas mão de cada um e o pecado por essência empodera essa individualidade de tal modo que passa a moldar o entendimento e a compreensão de todas as coisas ao redor, de modo tal que cada dia tendemos a nos enterrar ainda mais em nós mesmos e excluir as diferenças, nos tornando tão burros a ponto de esquecer que somos todos únicos e dependentes da graça.
Sobre um discurso de igualdade, o pecado separa a sociedade em grupos, mas não para aí. A ideologia da individualidade molda o ser a tal ponto que nos sentimos autossuficientes até para excluir nossos “semelhantes” caso esses ameassem roubar a atenção que tanto desejamos.
É somente por meio de um coração arrependido que reconhece sua imagem frente a verdade que é Cristo, que pode nos tirar dessa caminhada que termina em solidão e ódio. Pois no fim, cada um que decidiu guiar a sua vida pelos próprios caminhos, receberá o que sempre desejou: a própria vida para cuidar. Mas aquele que escolhe pelo arrependimento, reconhece a voz do Bom Pastor e recebe a compreensão daquilo que antes era oculto para os olhos e ouvidos do pecado.
A igreja semelhantemente tem ouvido, mas já não enxerga. Fala, mas não compreende. Caminha, mas não conhece o Caminho que tem trilhado. Contudo, Cristo está a buscando de volta e ela voltará a se reconhecer outra vez como pecadora e dependente da graça de Deus que nos é dada por meio da revelação do Espírito santo a respeito daquele que nos reconciliou com o Pai e nos tirou das garras do pecado que antes dominava.
A igreja voltará a viver em sua morte e reencontrará vida e liberdade.
