REF/EC.7:1-4
O dia da morte é melhor que o dia do nascimento!
Mesmo em tempos normais, essa frase é no mínimo polêmica. Não faz sentido o dia da morte ser mais feliz do que o dia que nascemos, certo?
Como igreja, não temos mais vivido na “ansiedade” de que Cristo volte logo. A paixão pela própria vida tem ofuscado a certeza da salvação e injetado um tremendo medo da morte, mostrando que muitos não tem vivido em fé e esperança conforme a Palavra afirma e o que isso tem causado é, o cristão desenvolveu uma coragem absurda de desobedecer a Deus a tal ponto que não há mais o desejo de anunciar que, para que se viva, é necessário morrer.
Claro que, temos aqui a morte espiritual e a física. Vale explicar bem que, espiritualmente, a vida deve ser vivida com os olhos na esperança de que Cristo logo voltará e de que a vida que realmente nos interessa, não é a que vivemos aqui (Cl.3:2). Agora, ainda que não pertençamos a esse mundo, vivemos nele e aqui também vejo uma profunda perda de propósito, pois, também olhando pela ótica da morte física, tenho visto a crescente preocupação egoísta na vida daqueles que dizem crer.
Assim, se a vida aqui na terra só é vivida com verdadeira liberdade e alegria se for guiada por Deus e se a nova vida que nos foi ofertada, só será plena depois da volta de Cristo, qual você imagina que tem sido o custo do silêncio, das distorções e do egoísmo da igreja? O silêncio do crente custa a morte dos não alcançados.
Agora, me pergunto de vem tanta coragem das comunidades de pregarem o evangelho por razões pessoais? De onde vem a coragem de espalhar tanta distorção? De onde brota tanta ilusão?
Só posso concluir que a paixão pela própria vida tem sido superior ao desejo de anunciar salvação aos que permanecem mortos.
Não vejo a igreja preferindo luto à festa. Tristeza à riso. Não vejo mais a igreja agradecida pela repreensão que gera vida. O esforço para manter a cerca de pé voltou a tomar conta dos corações. Mentes afundadas em conhecimento, mas sem sabedoria. Meias verdades repetidas por bocas que desconhecem a própria realidade. Mas vocês voltarão a enxergar Deus, pois Deus é fiel e seu amor segue trazendo de volta o seu povo eternamente rebelde.