REF/MC.10:37
…Era sentar, servir e comer!
Angela fez uma janta deliciosa e preparou a mesa pra encerrar aquele dia de sábado. Descendo depressa pelas escadas, de alguma forma Caio ainda conseguia ter fome mesmo depois de tanta pipoca e refrigerante. Em seguida o pai também vem com os cabelos um pouco úmidos do banho e nas mãos a roupa suja que ainda pingava um pouco de refrigerante no chão. Não foi nem preciso explicar, pela cara do Nicolas e do pai, as duas entenderam na hora. Então um curto aviso “a janta está pronta!” e Nicolas se junta a mesa.
– E aí, como foi?
Não deu 1seg da pergunta e Caio desatou
– Eu não sei por que eles acham que entrar na casa sozinhos de noite sem nada para se defender, logo depois de ver quem tinha acabado de entrar lá antes deles, seria uma boa ideia. Eu não iria! Acho que deviam ter ido pela garagem, pegar aquela lanterna no porta malas, voltar para a rua e sair correndo pra chamar o Luke. Aí ele poderia ligar pros outros policiais e pronto!! Não faz sentido nenhum né pai?! Até porque antes quando…-
“É verdade filho”
Vendo que a empolgação do guri iria longe, o pai interrompe concordando. Mas de fato foi divertido passar tempo com o Caio. Depois da conversa no chalé, observar a forma com que o filho via e lidava com as cosias, muitas vezes com mais coragem e garra do que era de se imaginar de alguém que passou pelo que ele passou, tem feito muito bem para o pai.
– Foi bem legal! E vocês, o que fizeram?
A mãe respirou e soltou o ar pela boca um pouco mais alto e rápido do que o natural e explicou como era complicado separar as peças e elogiou como Angela era caprichosa e dedicada, mas que a lombar acabou pagando um preço. Deu uma risadinha e seguiu dizendo que não lembrava se ela já tinha montado um quebra-cabeça. Ela nao lembrava de ter montado nenhum e o pai disse que ao menos nos 26 anos que estão juntos ele também não montou nenhum.
O jantar estava muito bom! Angela tinha caprichado, acertou muito no tempero. Estava bem simples, mas extremamente saborosa a comida e todos comeram até se esbaldar.
O pai cansado logo se juntou no sofá com o Nicolas. Caio perdeu pro sono e para a comilança e foi dormir e a mãe foi ter seu merecido banho relaxante. Já fazia umas boas horas que ela estava só imaginando quão delicioso seria tirar aquelas meias, o tênis, a roupa, ligar a banheira, colocar o sal, pegar o phebo de limão siciliano, dar play no spotify e enfim entrar na banheira para brincar de bosta (era a piada escondida que os filhos tinham quando a mãe ficava horas parada boiando na água).